Nos encontramos com o gato de óculos em uma tarde chuvosa, quando a cidade parecia mergulhada em um silêncio incomum. Ele estava sentado em uma calçada molhada, com seus olhos redondos e grandes protegidos por um par de óculos de aro dourado. O contraste entre o ambiente cinza e o olhar atento do gato criava uma cena fascinante. Seus pelos, de um cinza quase prateado, reluziam sob a luz fraca das lâmpadas de rua. Aproximamo-nos, curiosos, mas ele não se assustou. Na verdade, parecia mais interessado em nos observar, como se fosse o mestre da situação, embora estivesse ali, em plena rua, como qualquer outro gato perdido. Ele deu um leve miado, quase um suspiro, e levantou a pata como se estivesse nos convidando a segui-lo. O gato de óculos, uma figura peculiar e enigmática, parecia carregar um mistério que até hoje nunca conseguimos desvendar. Talvez fosse apenas um gato normal, ou talvez fosse algo mais, algo além da nossa compreensão.